A trégua comercial anunciada em 12 de maio de 2025 entre China e Estados Unidos, após negociações em Genebra, trouxe alívio temporário às tensões econômicas globais. As tarifas americanas sobre produtos chineses foram reduzidas de 145% para 30%, enquanto a China cortou suas taxas de 125% para 10%, com validade de 90 dias. Este acordo, que reverte medidas impostas a partir de 2 de abril, visa mitigar os impactos de uma guerra tarifária que ameaçava cadeias globais de suprimento e empregos. No entanto, a rivalidade estratégica entre as duas potências permanece, com Pequim mantendo uma postura firme e Washington reforçando controles sobre tecnologia e investimentos chineses.
Apesar do otimismo inicial, especialistas alertam para a fragilidade do acordo. A China, enfrentando desafios econômicos internos, como a desaceleração do crescimento, busca garantir acesso ao mercado americano sem ceder em questões estratégicas, como terras raras. Já os EUA, sob a administração Trump, pressionam por mais importações chinesas de produtos agrícolas e energéticos. A trégua, embora benéfica, não resolve disputas centrais, como subsídios estatais e acesso a semicondutores, deixando incertezas sobre um possível novo ciclo de confrontos. Para o Brasil, a pausa pode limitar oportunidades no mercado chinês, especialmente no agronegócio, exigindo maior articulação comercial global.
Fonte: CNN Brasil